Laços Traídos - Cap. 4: Desconfiança e Sinais: As Marcas do Silêncio.

 Cáp. 4: Desconfiança e Sinais: As Marcas do Silêncio.


Enquanto Mark e Alice estão na cozinha após o jantar, a atmosfera parece carregada, deixando um rastro de tensão no ar. O silêncio preenche o ambiente, embora as perguntas não ditas pairam como sombras nas entrelinhas.


Alice: (com uma nota de inquietação na voz) Mark, posso conversar com você por um momento?

Mark: (surpreso) Claro, o que aconteceu?

Alice: (com hesitação) Você e Emily... Tenho notado que vocês estão mais próximos ultimamente. Há algo mais entre vocês?

Mark: (pausa momentânea) Emily é apenas uma babá, Alice. Ela tem sido uma grande ajuda com tudo o que tenho precisado.

Alice: (com um olhar perspicaz) Não parece apenas uma relação profissional. Vi os gestos, os olhares prolongados, os sorrisos... além do necessário.

Mark: (olha para o chão por um instante) É só uma impressão, Alice. Você sabe como as coisas podem parecer diferentes do que realmente são.

Alice: (com persistência) Eu sei, Mark. Mas eu sinto... há algo mais. E isso me deixa desconfortável.

Mark: (com uma pitada de irritação) Não há nada mais entre nós. Emily é uma parte da equipe de apoio, e apenas isso.

Alice: (com uma expressão preocupada) Eu só quero ter certeza de que nossa família está bem.

Mark: (com um suspiro) Claro, Alice. Nada vai mudar, eu prometo.

O ambiente de confronto sutil entre Mark e Alice, revela tensões subjacentes e preocupações não verbalizadas, enquanto exploram a natureza da relação de Mark com Emily. As entrelinhas e o silêncio carregado são marcantes, deixando um indício de desconforto e um véu de incerteza sobre o futuro.

Inquieta e preocupada, Alice liga para sua amiga Sarah, na busca de desabafar e quem sabe obter algum conselho. Afinal, Alice estava gostando de ter o auxílio de Emily que sempre fora tão prestativa e estava possibilitando que Alice pudesse descansar um pouco e pensar em retomar sua carreira. Alice e Sarah marcam em um café no estilo Francês, no centro da cidade.

Alice agitada, senta-se frente a frente com Sarah. Ela parece inquieta e busca consolo na amiga diante das suas suspeitas.


Alice: (com uma expressão preocupada) Sarah, preciso falar com você sobre algo que tem me incomodado muito ultimamente.

Sarah: (com uma expressão de preocupação) Claro, Alice. O que está acontecendo?

Alice: (hesitante) É sobre Mark e Emily. Tenho notado algumas coisas estranhas entre eles. Gestos, olhares prolongados, sorrisos que parecem mais do que profissionais.

Sarah: (com empatia) Entendo como isso pode te preocupar, Alice. Já conversou com Mark sobre isso?

Alice: (com um suspiro) Sim, mas ele negou veementemente qualquer coisa entre eles. No entanto, algo em mim simplesmente não consegue deixar passar.

Sarah: (com compreensão) Às vezes, nosso instinto nos avisa antes mesmo de entendermos o que está acontecendo. Você confia em Mark?

Alice: (com uma expressão de incerteza) Eu quero confiar, mas esses detalhes me deixam insegura.

Sarah: (com apoio) É compreensível, Alice. Confiança é algo que se constrói com o tempo. Siga o que seu coração e sua intuição dizem, mas também mantenha o diálogo aberto com Mark.

Alice: (franzindo a testa) Sinto que algo mudou entre nós, mas não consigo identificar exatamente o quê.

Sarah: (com calma) Às vezes, as mudanças são sutis, mas é normal sentir quando algo não está como antes. Você não está sozinha nesse sentimento.

Alice: (com um suspiro pesado) Obrigada por me ouvir, Sarah. A ideia de estar certa sobre isso me deixa angustiada.

Sarah: (com um sorriso tranquilizador) Não se preocupe. Vamos analisar juntas o que é melhor para você. Sempre estarei aqui para te apoiar, não importa o que decida.

A conversa entre Alice e Sarah revela não apenas as preocupações de Alice, mas também suas dúvidas e o sentimento de mudança em seu relacionamento. Sarah oferece um apoio constante e uma presença reconfortante, mostrando à amiga que ela não está sozinha em suas incertezas.

A introspecção de Alice, enquanto conversa com Sarah, traz à tona memórias recentes que geraram desconforto, adicionando camadas à sua preocupação com a mudança no comportamento de Mark.


Alice: (com um suspiro) Lembra daquela roupa nova que usei na semana passada? Ele nem sequer notou.

Sarah: (compreensiva) Às vezes, eles podem estar distraídos, não é mesmo?

Alice: (com um olhar perplexo) Pode ser, mas não é só isso. Há dias que ele nem me dá um beijo de boa noite antes de dormir, como costumava fazer todas as noites.

Sarah: (com um olhar preocupado) Compreendo, isso realmente não é comum no comportamento do Mark.

Alice: (com um toque de tristeza na voz) Parece que temos estado tão desconectados ultimamente. Fico me perguntando se isso tem a ver com Emily.

Sarah: (com compaixão) É uma possibilidade que está te incomodando, não é?

Alice: (assentindo) É estranho, parece que houve um distanciamento gradual que não sei explicar.

Sarah: (com um toque de ânimo) Talvez conversar com ele de novo, com calma, possa trazer mais clareza.

Alice: (com um olhar determinado) Você tem razão, talvez seja a hora de ter essa conversa.


A reflexão de Alice revela momentos sutis, mas significativos, que a fizeram sentir-se distante de Mark, aumentando suas preocupações e sua necessidade de entender o que está acontecendo em seu relacionamento. A conversa com Sarah traz à tona um desejo de esclarecimento e comunicação franca com Mark para dissipar suas incertezas.

Compreendendo a necessidade de esclarecer suas preocupações, Alice busca Mark quando chega em casa, ansiosa por uma conversa que possa trazer clareza e tranquilidade para suas inquietações.


Alice: (encontrando Mark na sala) Mark, preciso esclarecer umas coisas. Sei que está trabalhando em seu notebook, mas você teria um momento?

Mark: (olhando para ela com surpresa) Claro, o que está acontecendo?

Alice: (com sinceridade e seriedade) Tenho estado preocupada ultimamente, Mark. Sinto que algo mudou entre nós e preciso saber se ainda há algo aqui, se ainda nos amamos.

Mark: (com um olhar de confusão) Claro que nos amamos, Alice. Por que está novamente questionando isso?

Alice: (com uma expressão sincera) Alguns comportamentos recentes me deixaram inquieta. Sabe, coisas simples, como não perceber minha roupa nova ou deixar de dar um beijo de boa noite. Parece que estamos distantes e eu não entendo porquê.

Mark: (com um suspiro) Eu sinto muito se te fiz sentir assim. Não é minha intenção. As viagens têm sido exaustivas e talvez tenha me desconectado sem perceber.

Alice: (com preocupação) Ainda estou sentindo algo estranho entre você e Emily. Não estou confortável.

Mark: (com firmeza) Não, Alice. Emily é apenas babá da nossa filha e confiamos nisso. Além disso, você tem estado bem mais disposta que antes com a presença dela em nossa casa. Ela te auxilia bastante e sou grato a ela por isso. 

Alice: (com um misto de alívio e tristeza) Precisava ter certeza, Mark. A distância tem me deixado insegura.

Mark: (com uma expressão mais suave) Desculpe por não ter percebido como isso te afetou. Eu te amo, Alice. Vamos trabalhar juntos para nos reconectar.

Alice: (com um olhar esperançoso) Sim, vamos. Agradeço sua compreensão. Acho que precisamos estar mais presentes um para o outro.

A conversa sincera entre Alice e Mark revela as incertezas de Alice e a prontidão de Mark para esclarecer as preocupações, reafirmando o amor deles e a necessidade de se reconectarem para superar as barreiras que surgiram entre eles. 

Mark permanece na sala, tentando voltar ao trabalho, mas a conversa com Alice pesa sobre seus ombros, tornando a concentração uma tarefa impossível. Ele mexe nos papéis sobre a mesa, lê uma frase aqui e ali, mas sua mente está em outro lugar.


Mark: (franzindo o cenho) Droga... Por que não consigo focar?

Sua frustração cresce à medida que tenta, em vão, encontrar um ponto de retorno à normalidade. Ele levanta da cadeira, percorre a sala de um lado para o outro, as mãos inquietas enredadas nos cabelos, expressando a agitação interna.


Mark: (soltando um suspiro pesado) Isso não está certo. Tenho que me concentrar. Mas como?

Seu olhar perdido se fixa no monitor, mas as palavras na tela se tornam meras linhas sem sentido, incapazes de capturar sua atenção. Sua mente vagueia, revisitando as palavras de Alice e a inquietação que paira entre eles. Um misto de confusão e desconforto se reflete em sua expressão preocupada.


Mark: (falando consigo mesmo) Não posso continuar assim. Preciso resolver isso de alguma forma.


Mark caminha até a janela, fitando o horizonte, numa tentativa de clarear a mente e encontrar uma solução para a incômoda situação. No entanto, a inquietude persiste, deixando-o em um estado de ansiedade e confusão. Além disso, volta a pensar em Emily. Tenta afastar seu pensamento mas é em vão.





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